quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Poesia Popular sim!



110 anos de António Aleixo

Considerado um dos poetas populares algarvios de maior relevo, famoso pela sua ironia e pela crítica social sempre presente nos seus versos, António Aleixo também é recordado por ter sido simples, humilde e semi-analfabeto, e ainda assim ter deixado como legado uma obra poética singular no panorama literário português da primeira metade do século XX.
Faleceu por conta de uma tuberculose, em 16 de Novembro de 1949, doença que tempos antes havia também vitimado uma de suas filhas.



"Quando não tenhas à mão
outro livro mais distinto,
lê estes versos que são
filhos das mágoas que sinto."

"Após um dia tristonho,
de mágoas e agonias
vem outro alegre e risonho:
são assim todos os dias."

"Tu és fonte de água clara
que deixa ver a nascente,
porque me mostras, na cara,
o que o teu coração sente."

"Os meus versos o que são?
Devem ser, se os não confundo,
pedaços do coração
que deixo cá neste mundo."



António Aleixo, "Este livro que vos deixo..."

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